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WordPress e Grandes Corporações: será que dá match?

4 minutos de leitura

Rasta (Marcos Schestak)

Rasta (Marcos Schestak)

Fundador e Co-CEO da BASE Digital

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Pela experiência (e velocidade com que as coisas mudam nesse mundo de tech) me esforço para ser o mais agnóstico possível quanto a escolha de stacks, frameworks, linguagens e arquiteturas. Depende demais do contexto e da maturidade do negócio nas grandes empresas.

O certo é que, quando falamos de sites institucionais, o WordPress ainda é o preferido. Segundo a última pesquisa da W3Tech, de setembro de 2023, ele representa 43% de todos os sites do planeta (aproximadamente 35 milhões rodando sob o CMS). Isso dá um pouco da dimensão que estamos falando.

Por ser o mais popular, ele em geral é associado a uma palavra bem específica para os times de Marketing e TI: trauma.

Vamos concordar que é bem chato quando você é avisado que o site institucional da sua empresa está exibindo pornografia. Ou quando a sua página inicial demora 45 segundos para carregar, com o Google negando (ou dropando) as campanhas de mídia e o Lightening zerando o seu score.

Mas acredite: a culpa não é do WordPress.


Apesar dos termos vulnerabilidade e lentidão andarem de mãos dados com WordPress, você não pode acusar o fabricante do liquidificador pelo leite azedo na sua vitamina.

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Compartilho aqui 10 dicas importantes para você evitar que tudo dê errado quando essa for a escolha da sua empresa para a construção do próximo site institucional:

  • WordPress é para sites de conteúdo, apenas. Se você quer um site com área logada, gestão de catálogos de produtos, integração com ERPs/sistemas externos e outros nessa linha, a escolha deve ser por outro caminho

  • WordPress não faz SEO sozinho. Se você quer um site leve, que indexe corretamente, precisa seguir uma cartilha de boas-práticas (de conteúdos e cadastros) para o Google gostar de você. Existem várias ferramentas de AI que podem ajudar bastante no preparo disso tudo.

  • WordPress precisa de manutenção, no mínimo quinzenal. O uso de plug-ins (especialmente não-oficiais) é a maior causa das invasões. Você precisa, obrigatoriamente, ter um plano de atualização contratado junto ao seu fornecedor de sites. E, claro, estar up-to-date quanto às últimas versões. Detalhe: o uso de captcha em formulários é sempre obrigatório.

  • WordPress com Elementor é a porta do inferno. Se você quer um site builder (fazer o que bem entender dentro do CMS), opte pelo WIX. O WordPress funciona bem quando ele tem um escopo/limites, no qual você pode administrar o conteúdo (Institucional e Blog) dentro de templates pré-estabelecidos.

  • WordPress não combina com hospedagem compartilhada. Dentro desse mesmo “servidor” existem outros n sites, de outras empresas, compartilhando os mesmos recursos (e eventualmente as mesmas vulnerabilidades). Então se invadirem o terreno do vizinho, pode sobrar pra você.

  • Cache é vida. Trabalhar com CDN (ou eventualmente algum plugin confiável de cache) é premissa para uma boa performance do site. O Lightening vai jogar a sua nota lá pra cima.

  • Separe a aplicação do banco de dados. Uma prática que ganha jogo é, na modelagem do projeto, publicar o CMS e o banco em locais diferentes na infra. Aliada ao cache, Isso garantirá mais tranquilidade em campanhas/alto volume de acessos simultâneos.

  • Backup da maneira certa. Certifique-se que o seu fornecedor faça backup da aplicação e dos dados. Não adianta ter apenas cópia do código, já que o principal ativo do seu site é o conteúdo (que está “guardado” em um local diferente).

  • Tema de USD 30 não é uma opção segura. Existe uma infinidade de temas prontos na Internet, que, sem dúvida, funcionam para negócios menores. Mas você não sabe o que tem ali dentro e a quantidade de coisas desnecessárias que são carregadas a cada clique. Em geral, o famoso Elementor está presente nisso aqui também.

  • Por fim, agências de comunicação são boas em comunicação. Sites Institucionais são produtos que refletem uma estratégia de relacionamento com os seus Clientes. E acredito que a sopa-de-letrinhas acima justifica a importância da sua empresa contratar um parceiro especializado no tema.


Curtiu? Compartilhe com aquele amigo que ficou traumatizado. Talvez ele agora aceite dar uma nova chance para o WordPress =)



Sobre o autor: Marcos Schestak (Rasta) é co-CEO e cofundador da BASE Digital, com 30 anos de experiência em tecnologia e estratégia de negócios. Reconhecido por sua abordagem inovadora no desenvolvimento de MVPs e MVEs, Rasta ajuda empresas a criarem produtos que entregam experiências completas desde a fase inicial. Como consultor de transformação digital, ele combina criatividade técnica e visão estratégica para grandes corporações e startups. Rasta também investe em startups de EdTech, Health Tech e Retail Tech.

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