Plataformas digitais: o que são e como criar na sua empresa?

Rasta (Marcos Schestak)
Fundador e Co-CEO da BASE Digital

Mudar o modelo de negócio, criar novas fontes de receita, vender no digital, escalar operações ou expandir para novos mercados. Em grandes empresas, essas decisões vão além de inovar: são movimentos estratégicos que podem definir o futuro de uma empresa.
Neste artigo, explico como plataformas digitais aceleram a transformação digital e ajudam a escalar resultados. Trago também exemplos de soluções desenvolvidas pela BASE Digital em diferentes setores. Em muitos projetos, o digital passou a representar uma parcela relevante do faturamento e a abrir caminhos que não existiam antes.
Esse é um dos pontos fortes do digital. Ele reorganiza fluxos, cria novos canais de valor e viabiliza crescimento.
O que é plataforma digital e como isso impacta os negócios
Pela perspectiva de negócios, o propósito de uma plataforma digital é conectar usuários e facilitar a troca de bens, serviços ou as chamadas “moedas sociais”, viabilizando a criação de valor para todos os participantes.
Essa definição é encontrada no livro Plataforma: A Revolução da Estratégia, escrito por Geoffrey Parker e outros pesquisadores de transformação digital, área em que atuamos bastante aqui na BASE Digital.
Destaco, acima, a expressão “criação de valor” para reforçar algo importante: a tecnologia tem um papel central na viabilização de novos negócios no digital, mas os usuários das ferramentas também. Em igual medida, ou até maior.
Ou seja: os interesses do seu cliente importam para o negócio. Um portal web, aplicativo corporativo ou mesmo um mobile app podem ajudar a mapear isso por meio de dados de usabilidade e engajamento. No livro, os autores destacam, inclusive, que grande parte do valor de uma plataforma provém da comunidade que lhe deu origem e à qual serve.
Exemplo real: Precisamos
Vou dar um exemplo prático: a plataforma digital Precisamos, que desenvolvemos aqui na BASE durante a pandemia de COVID-19 no Brasil. A ferramenta geolocalizada foi criada para facilitar a conexão de quem precisava de auxílio e as pessoas que estavam dispostas a ajudar.
Através de categorias pré-definidas e integração com o Google Maps, bastava um clique para encontrar a solução para o problema: de um lado, quem precisava de produtos básicos e não tinha condições de sair de casa. E do outro, as pessoas que podiam circular pelas ruas e queriam ser úteis e solidárias.
Criação de valor. Essa é a essência de uma plataforma digital. A tecnologia é um meio para conseguir isso de um jeito rápido, escalável e flexível.
A flexibilidade tem a ver com as funcionalidades e os múltiplos usos, e tudo o que você e a sua empresa podem fazer com essa infraestrutura depois, em outros eventos similares.
Adaptação em novos contextos
O mesmo raciocínio se mostrou útil novamente em 2024, quando o Rio Grande do Sul enfrentou enchentes. A plataforma foi rapidamente reconfigurada com novas categorias, mudanças de layout e ajustes na jornada de uso para apoiar as demandas locais. Como uma infraestrutura flexível, que pode ser rapidamente adaptada para novas demandas e campanhas, ela mostrou como plataformas digitais podem se moldar a diferentes cenários com velocidade e eficiência.
Por que a lógica de campanha funciona? Porque está diretamente relacionada à performance digital. Aos resultados concretos das interações em rede que uma plataforma digital possibilita: econômicas, emocionais, imateriais. A lista é longa. E certamente você sabe o impacto que isso tem nos negócios, a começar pela visibilidade da marca no digital.
Na prática, então, podemos entender que uma plataforma digital é um modelo de negócio orientado por tecnologia que funciona como um hub, um ponto de encontro: conectando diferentes agentes em um ecossistema de valor. Entre esses agentes, é claro, está a IA, que viabiliza inúmeros projetos digitais.
MVE: a lógica por trás da criação de plataformas
Para empresas que desejam inovar, mas precisam mitigar riscos, a abordagem mais segura é justamente essa que usamos na plataforma Precisamos: a da MVE (Melhor Experiência Viável).
Diferente do MVP (Mínimo Produto Viável), que muitas vezes sacrifica a qualidade em nome da velocidade, o MVE prioriza entregar uma experiência de altíssima qualidade para um conjunto essencial de funcionalidades.
Essa diferença muda tudo. Com o MVE é possível testar a tese de negócio com agilidade, coletar feedbacks de usuários e validar a aderência do mercado, mas sem comprometer a percepção de valor da marca ou a experiência do cliente.
O resultado é inovação rápida, porém sustentável. A empresa ganha tempo de mercado, aprende com dados reais e reduz os riscos de retrabalho ou decepção dos usuários.

Descubra as reais necessidades do seu negócio com o processo de Discovery e Assessment da BASE Digital. Mapeamos desafios, oportunidades e definimos o caminho ideal para transformar ideias em soluções digitais de impacto.
Tipos de plataformas digitais
Segundo Michel Cusumano, um dos autores de The Business of Platforms, existem dois tipos fundamentais de plataformas digitais: plataformas de inovação e plataformas de transação. E que os líderes de grandes empresas precisam entender essa diferença para tomar decisões mais estratégicas.
O próprio autor diz que, atualmente, muitas empresas já criam modelos híbridos, integrando os dois propósitos. Porém, essa separação pode ser útil para visualizar algumas diferenças fundamentais entre os tipos.
Compreender a diferença é especialmente importante na hora de pensar como tirar projetos do papel e priorizar ações: definir escopo, stack tecnológica, integrações corporativas, governança de dados e indicadores de sucesso.
Em entrevista à MIT Sloan Management Review Brasil, Cusumano explicou brevemente os dois tipos. A seguir, cito exemplos de plataformas cocriadas pela BASE Digital que ilustram um pouco essas abordagens:
Plataformas de Inovação
Plataformas de inovação são ambientes que permitem a criação de novos produtos, experiências ou serviços. Essas plataformas costumam se tornar o próprio diferencial competitivo da marca. Podem usar IA, por exemplo, para solucionar problemas dos clientes finais, identificar padrões ou qualificar recomendações.
Um exemplo prático de plataforma de inovação é o Decifrei, que uniu música e comércio de instrumentos musicais no SuperApp da Magalu. Desenvolvido pela BASE em parceria com a Ogilvy e a Deezer, o projeto possibilitou que usuários identificassem instrumentos usados por seus artistas favoritos e os comprassem diretamente no app.
Além de engajar o público jovem, a solução gerou dados estratégicos sobre preferências e criou novos caminhos de conversão dentro do aplicativo.
Plataformas de Transação
Já as plataformas de transação são focadas na troca de valor: informação, produtos, serviços, dados, entre outros. Conectam diferentes agentes (empresa, consumidor, parceiros) e organizam jornadas completas, do acesso do cliente ao pós-venda.
Um bom exemplo que temos aqui de plataforma de transação é o Clube Duratex, que conecta a Dexco a milhares de marceneiros em todo o Brasil. O aplicativo permite acumular pontos, acessar conteúdos técnicos e trocar recompensas, criando um ecossistema transacional com foco em fidelização e performance comercial.
Neste caso, uma plataforma de engajamento para Loyalty também foi integrada ao aplicativo da empresa para transformar notas fiscais em recompensas para os marceneiros, estimulando o engajamento e a fidelização, fortalecendo assim o relacionamento com os intermediários do negócio.
Plataformas digitais x sites institucionais
Além dos tipos de plataforma, uma dúvida frequente é qual a diferença entre plataformas digitais e sites institucionais?
A confusão é comum, mas a diferença principal tem a ver com as funcionalidades. Um site institucional é a representação digital da empresa, com foco em apresentar sua história, produtos e canais de contato. Também pode ser usado como canal de relacionamento para captar leads ou ampliar a base de clientes, geralmente por meio de conteúdos e email marketing.
Já uma plataforma digital, como vimos, é um ambiente mais interativo e transacional. Ela é construída para que os usuários façam coisas: logins em áreas específicas, compras, agendamentos, gestão de processos. O desenvolvimento envolve maior complexidade, já que conecta dados, sistemas e pessoas, permitindo transações complexas, personalização e automação.
Em resumo:
- •Website é predominantemente informativo e navegacional, focado em publicar e captar informações.
- •Plataforma digital é dinâmica, funcional e voltada à transação.
O ponto em comum entre sites institucionais e plataformas digitais é a necessidade de gerar resultados concretos para o negócio. Para isso, é necessário melhorar constantemente a performance digital, que inclui a produção de conteúdo relevante, SEO e análise constante de indicadores e KPIs. Essa base é o que garante visibilidade nos mecanismos de busca e cada vez mais nas próprias IAs generativas.
Mobile app ou plataforma web: qual tecnologia escolher
As plataformas digitais também podem ser categorizadas pela forma de acesso e pela função que exercem. Veja as principais:
1. Plataformas Web
São os portais, dashboards e sistemas complexos acessados diretamente em navegadores. São versáteis para processos de negócio que exigem múltiplas funcionalidades e visualização detalhada de dados.
2. Aplicativos de empresas (Mobile App)
Focados na experiência mobile, aproveitam recursos nativos de smartphones como câmera, GPS e notificações push. São ideais para projetos de engajamento contínuo, programas de fidelidade e serviços que exigem conveniência no dia a dia.
3. Portais Internos (Intranet e Extranet)
Plataformas voltadas para o público interno (colaboradores) ou para um ecossistema fechado de parceiros e fornecedores. Centralizam comunicação, documentos, treinamentos e processos de gestão. Podem ser integradas ao seu site institucional e conectadas a sistemas corporativos.
4. Sistemas Integrados Corporativos
São tecnologias que conectam sistemas vitais como ERPs (gestão), CRMs (vendas e relacionamento), BI (inteligência de negócio) e ferramentas de automação de marketing aos front-ends (websites e apps). Criam fluxos de dados unificados, permitindo personalização, governança e inteligência em tempo real.
Na BASE Digital, a escolha entre web, mobile ou sistemas integrados nunca é tratada de forma isolada. O que guia a decisão é a estratégia do negócio e a necessidade de criar um ecossistema digital coeso, escalável e governado por dados.
6 benefícios das plataformas digitais para o seu negócio
Desenvolver uma plataforma digital customizada e sob medida para o seu negócio é um investimento estratégico que gera vantagens competitivas, aumenta a eficiência e impacta diretamente o Branding no digital. Cito algumas vantagens:
1. Criação de Novas Fontes de Receita
Uma plataforma abre diversas possibilidades de monetização que vão muito além da venda direta de um produto. É possível implementar modelos de assinatura (SaaS), criar um marketplace e cobrar comissão sobre transações, oferecer espaços publicitários para parceiros, ou até mesmo monetizar o acesso a funcionalidades específicas via APIs abertas para outras empresas.
2. Fortalecimento do Relacionamento com o Cliente
Ao centralizar a jornada do cliente em um único ambiente, a empresa passa a ter um canal direto, integrado e omnichannel. Isso significa que o cliente pode transitar entre diferentes pontos de contato, como aplicativo, site, WhatsApp, e-mail ou loja física, sem perder a continuidade da experiência.
Esse ecossistema permite construir comunidades, oferecer autoatendimento eficiente, coletar feedbacks de forma estruturada e usar os dados de interação para antecipar necessidades.
Na prática, transforma um relacionamento pontual em uma parceria de longo prazo, aumentando a lealdade e o Lifetime Value (LTV).
3. Growth e Transformação Digital baseada em dados
Uma plataforma digital é uma ferramenta útil para a coleta de dados primários, gerando insights valiosos sobre comportamento e preferências dos seus clientes.
Empresas que adotam um framework de Growth conseguem criar e usar plataformas digitais como um laboratório para escalar negócios com mais precisão e menos risco.
Cada interação do usuário gera dados que alimentam os ciclos de experimentação, permitindo otimizar a aquisição de clientes (CAC) e identificar novas oportunidades de crescimento.

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4. Aumento da Eficiência Operacional
Processos manuais, planilhas descentralizadas e fluxos de trabalho baseados em e-mails são sinônimos de ineficiência e retrabalho. Uma plataforma digital automatiza tarefas repetitivas, centraliza informações e integra departamentos. Isso reduz erros humanos, libera a equipe para atividades mais estratégicas e otimiza a alocação de recursos em toda a organização.
A calculadora de representantes comerciais da Michelin, desenvolvida pela BASE Digital em parceria com a Razorfish, substituiu planilhas por uma interface automatizada, conectando representantes da empresa com dados de desempenho, metas e simulações de cálculo de comissões.
Resultado: mais agilidade, redução de erros e tomada de decisão baseada em dados em tempo real.
5. Escalabilidade com Arquitetura Evolutiva
Diferente de sistemas monolíticos e rígidos, uma plataforma com tecnologia atualizada é construída com uma arquitetura evolutiva (baseada em microsserviços, por exemplo).
Isso significa que ela pode crescer em número de usuários e funcionalidades de forma contínua e sustentável. O negócio pode escalar sem que a tecnologia se torne um gargalo.
6. Vantagem Competitiva Sustentável
Uma plataforma que performa gera o poderoso efeito de rede: quanto mais usuários aderem, mais valiosa ela se torna para todos. Além disso, ao integrar profundamente os processos do cliente ou do parceiro, ela aumenta os custos de troca, estimulando a fidelização.
Essa combinação cria uma barreira de entrada robusta e uma vantagem competitiva de longo prazo para uma empresa que investe em plataformas digitais para seus produtos.

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Como criar uma plataforma digital para sua empresa?
Construir uma plataforma eficaz é um processo que combina estratégia, design e engenharia. Se a sua empresa está nesse caminho, confira 5 passos práticos para orientar o desenvolvimento.
1. Faça um Discovery de produto digital
O Discovery é a etapa inicial de imersão profunda para mapear o cenário completo: dores dos usuários, oportunidades de mercado, requisitos de negócio e restrições técnicas.
Na BASE, conduzimos workshops, entrevistas e análises para garantir que estamos resolvendo o problema certo, com as tecnologias mais indicadas para a realidade do cliente.
Foi assim no Discovery do Grupo Agromave, referência no mercado agrícola no Mato Grosso. Nosso desafio era sugerir uma estrutura para a transformação digital da empresa. A imersão permitiu identificar gargalos operacionais, alinhar expectativas entre stakeholders e priorizar funcionalidades com base em impacto estratégico.
A partir desse trabalho, nasceu um roadmap digital sólido, viabilizando o desenvolvimento de soluções orientadas por dados, experiência do usuário e viabilidade técnica.
2. Mapeie a jornada do usuário para melhorar usabilidade (UX)
Com a estratégia clara, é hora de mapear a jornada do consumidor e desenhar fluxos de interação. A partir daí, é necessário prototipar interfaces intuitivas e construir experiências fluidas, sem atritos, que guiam o usuário em direção à conversão.
Entender o que é UX e por que ele é essencial não é um detalhe. É a certeza de que a plataforma digital vai ter uma navegação fluida e intuitiva, o que aumenta a chance de conversões e bom engajamento de usuários.
A partir desse entendimento, o design da interface deve seguir princípios como simplicidade, consistência e acessibilidade.
Por fim, valide cada etapa da jornada com testes reais: ouvir o usuário antes do lançamento é a forma mais eficiente de evitar retrabalho e evoluir a plataforma com base em evidências, desde o protótipo.
3. Defina a stack tecnológica e a Arquitetura de Sistemas
A escolha das tecnologias (stack) impacta diretamente a performance, o custo e a escalabilidade futura. Entre as práticas modernas mais usadas estão:
- •Desenvolvimento Multiplataforma
Usar frameworks como React Native para criar apps mobile para iOS e Android a partir de um único código-base, otimizando tempo e recursos.
- •Arquitetura Serverless e APIs
Adotar a arquitetura sem servidor para escalar recursos sob demanda e otimizar custos, expondo funcionalidades através de APIs seguras (REST/GraphQL).
- •Microsserviços e BFFs
Desacoplar a lógica de negócio em microsserviços e usar o padrão Backend-for-Frontend (BFFs) para dar autonomia às equipes de front-end e acelerar entregas, sem comprometer o núcleo da operação.
4. Integre Sistemas Corporativos
Uma plataforma só gera valor quando conectada ao ecossistema da empresa. ERPs, CRMs, ferramentas de marketing e BI precisam conversar entre si para que os dados fluam com eficiência, rastreabilidade e segurança.
Na BASE, geralmente realizamos um Assessment Técnico para mapear essas integrações desde o início do projeto. Nossos engenheiros de software analisam o cenário existente, detectam gargalos e projetam integrações robustas e escaláveis. Em paralelo, UX e produto mapeiam funcionalidades críticas que podem ser otimizadas via integração.
Para a Be – Currículo Bilíngue, realizamos um discovery técnico e funcional detalhado para definir como a plataforma LMS (Learning Management System) da escola se conectaria a sistemas internos da instituição, garantindo performance, acessibilidade e controle de jornada.
5. Faça auditoria técnica e cuide da segurança digital
Garantir que uma plataforma digital seja segura, confiável e escalável exige práticas contínuas de auditoria e governança. Em geral, falhas de segurança em ambientes digitais têm origem em problemas de configuração ou integração, e não em ataques externos. Isso mostra como a arquitetura e o acompanhamento técnico são tão críticos quanto a tecnologia em si.
Além da segurança, a governança de dados é fundamental. Ela assegura a interoperabilidade entre áreas, o controle de acesso e a total conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), algo inegociável para empresas que lidam com dados sensíveis e grandes volumes de usuários.
Na BASE, implementamos uma abordagem de security by design, que inclui a adoção de autenticação segura como o passwordless, criptografia de ponta a ponta, firewalls e auditorias técnicas contínuas.
A equipe combina a expertise de engenharia de software, segurança da informação (SecOps) e design de experiência (UX/UI) para:
- •Realizar auditorias técnicas, identificando gargalos, vulnerabilidades e bugs ocultos;
- •Mapear funcionalidades críticas ausentes ou subutilizadas;
- •Propor melhorias com foco em desempenho, estabilidade e experiência do usuário.
Uso de Inteligência Artificial em plataformas digitais: aplicações
A Inteligência Artificial permite personalizar experiências em escala, automatizar decisões complexas e gerar insights preditivos a partir de grandes volumes de dados. Conheça alguns exemplos soluções digitais com uso de IA:
Selectivor
O aplicativo utiliza um motor de recomendação baseado em machine learning que analisa o comportamento e as preferências do usuário para sugerir restaurantes e pratos com alta precisão.

Vitamine-se
A IA atua como um sistema especialista que analisa as respostas do quiz do usuário para diagnosticar carências nutricionais e recomendar um plano de suplementação personalizado. Criamos uma plataforma de DNVB (Digitally Native Vertical Brand, marca verticalmente nativa digital) para a venda de vitaminas por assinatura. A solução inclui um quiz inteligente, movido por IA, que gera recomendações personalizadas, criando uma experiência de compra.

Clube Duratex
Para o programa de relacionamento B2B da Dexco, a IA é usada para segmentar o público de marceneiros, prever comportamentos e personalizar campanhas, aumentando o engajamento e a fidelidade.

Exemplos de plataformas digitais: cases BASE Digital
A seguir, veja como diferentes setores utilizaram plataformas digitais desenvolvidas pela BASE para transformar suas operações, qualificar a experiência do usuário e gerar valor estratégico.
Plataforma para área da saúde: Grupo Oncoclínicas
Entre os desafios encontrados na criação de plataformas digitais para a saúde estão a unificação da jornada do paciente e a otimização do trabalho do corpo médico. Em ambos os casos, é preciso ter a expertise necessária em interoperabilidade.
Veja as plataformas criadas para o Grupo Oncoclínicas:
App OC Por Você: Uma plataforma digital segura voltada aos pacientes, que centraliza acesso a resultados de exames, agendamentos, histórico clínico e orientações de cuidado. O impacto foi um paciente mais engajado em seu tratamento e mais autonomia no dia a dia.
Plataforma da Área Médica: Um ambiente digital exclusivo na área logada para os médicos do grupo, com funcionalidades de telemedicina, acesso a dados clínicos estratégicos e ferramentas para otimizar o atendimento. O resultado foi maior eficiência e integração entre os profissionais de saúde.
Além da área logada, a BASE desenvolveu e integrou no sistema do Grupo Oncoclínicas uma plataforma de educação corporativa para treinar os médicos na implantação e mudanças do Tasy, um sistema bastante utilizado em clínicas e hospitais.
Plataforma digital Agro: SIS Rural
Um dos desafios de implementar soluções de tecnologia no agronegócio é a falta de dados organizados.
No projeto desenvolvido pela BASE para a Prefeitura de São Paulo, o SIS Rural, o desafio era solucionar a falta de dados precisos para a criação de políticas públicas para a agricultura.
Com a plataforma digital, foi possível realizar o censo e o mapeamento da produção agrícola. Produtores cadastram seus dados, e a prefeitura obtém uma visão estratégica para ações de fomento e assistência, conectando o campo à gestão pública.
Plataformas digitais para o Varejo: Dexco
O desafio de Dexco era criar plataformas digitais para engajar consumidores e parceiros além da transação de compra, gerando valor para a marca.
Meu Piso Ideal: Um simulador digital que funciona como uma ferramenta consultiva, ajudando clientes da Dexco a visualizar e escolher o piso perfeito, qualificando o lead e encurtando o ciclo de venda.
Inspira: Um hub de conteúdo e tendências que inspira e educa consumidores e especificadores (arquitetos, designers), fortalecendo a autoridade da marca e gerando leads qualificados para o ecossistema Dexco.
CRM Comercial da Dexco: Desenvolvemos uma ferramenta robusta e sob medida para a gestão comercial B2B. A plataforma unifica a visão dos clientes e parceiros, otimiza o trabalho da força de vendas e integra dados de diferentes áreas para uma tomada de decisão mais estratégica.
Plataforma de relacionamento para indústrias: Electrolux
Um sistema de CRM de prateleira (software padronizado) consegue resolver o básico da gestão de contatos. No entanto, uma plataforma de relacionamento permite ir muito além: ela permite construir experiências 100% alinhadas à jornada, às dores e aos momentos únicos do seu cliente — seja essa plataforma o seu produto principal ou um canal de suporte e engajamento. Veja um exemplo prático:
Electrolux Cuida: Transformamos o pós-venda em um ecossistema digital de serviços. A plataforma conecta consumidores a uma rede de assistência técnica, venda de peças, agendamentos e conteúdo, fortalecendo a marca e criando novas receitas.
Plataforma de e-commerce: Teresa Perez
Vender online hoje exige muito mais do que um site com um botão de "comprar". Requer uma plataforma de e-commerce robusta, integrada, responsiva e que coloque a jornada do cliente no centro de tudo. Confira o exemplo:
Teresa Perez Collection: A plataforma desenvolvida para Teresa Perez, agência brasileira de turismo de alto padrão, traduz a sofisticação e a exclusividade da marca para o digital, com conteúdo inspirador na jornada de compra de viagens significativas.
Plataforma de Treinamento Corporativo: Jimo e Sicredi
Capacitar equipes distribuídas, especialmente de vendas (incluindo os representantes de vendas externos), exige soluções que unam experiência prática para o usuário e gestão estratégica para a empresa. Para isso, a BASE desenvolveu a Grano, uma plataforma digital no modelo SaaS (Software as a Service) que transforma o treinamento corporativo em jornadas rápidas, imersivas e mensuráveis.
A Grano combina duas camadas complementares:
- •Webapp (aplicativo acessado pelo navegador no celular ou computador): voltado à experiência do colaborador, que acessa cards no formato de stories, quizzes e trilhas de aprendizagem curtas. O foco é engajamento, retenção e facilidade de acesso.
- •LMS (Learning Management System ou Sistema de Gestão de Aprendizagem): o ambiente corporativo de gestão, no qual líderes acompanham o desempenho das equipes em dashboards, organizam trilhas personalizadas, gerenciam usuários e publicam conteúdos com agilidade.
Esses conceitos ganham clareza em cenários reais de uso:
- •Plataforma LMS da Jimo: A solução foi customizada para treinar representantes de vendas externos, otimizando o aprendizado sobre produtos e técnicas de abordagem diretamente no celular.
- •Plataforma LMS do Sicredi: No Sicredi Centro-Leste/RS, a Grano foi adaptada para capacitação contínua em finanças e cooperativismo. O acesso mobile e a personalização de trilhas por perfil de usuário tornaram o aprendizado uma rotina ágil.
Tanto Jimo quanto Sicredi criaram trilhas de aprendizagem para distribuição de conteúdos segmentados para diferentes tipos de personas e objetivos de negócio.

O resultado: engajamento acima de 90% e aumento direto nas vendas e faturamento.
No fim do dia, esse é o poder das plataformas digitais. Talvez seja isso que a sua empresa precisa para alavancar resultados e criar novos negócios.
Conclusão
Ao longo deste artigo vimos como plataformas digitais sustentam novas formas de negócio e ampliam a presença das empresas em diferentes mercados. Elas não são ferramentas isoladas, mas estruturas que combinam tecnologia, estratégia e pessoas para gerar valor contínuo.
Para grandes empresas, uma plataforma bem construída não se limita a digitalizar processos. Ela funciona como infraestrutura crítica: integra sistemas legados, unifica dados em tempo real e sustenta jornadas digitais que conectam clientes, parceiros e colaboradores em múltiplos canais. Essa base tecnológica se torna um eixo estratégico capaz de migrar fluxos de vendas para o digital, criar canais de relacionamento escaláveis e abrir caminho para modelos de negócio que antes eram inviáveis.
O ponto central é que plataformas digitais não têm linha de chegada. Elas evoluem com a empresa e se tornam ativos vivos, que mantêm a organização preparada para crescer, inovar e se adaptar ao que vem pela frente.

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Rasta (Marcos Schestak)
Fundador e Co-CEO da BASE Digital
Marcos Schestak (Rasta) é co-CEO e cofundador da BASE Digital, com 30 anos de experiência em tecnologia e estratégia de negócios. Reconhecido por sua abordagem inovadora no desenvolvimento de MVPs e MVEs, Rasta ajuda empresas a criarem produtos que entregam experiências completas desde a fase inicial. Como consultor de transformação digital, ele combina criatividade técnica e visão estratégica para grandes corporações e startups. Rasta também investe em startups de EdTech, Health Tech e Retail Tech.